Um Solo de Olga Roriz
Estreia a 29 de Maio de 2013 | Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada
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2013 celebrou o centenário da criação de A Sagração da Primavera por Nijinsky/Stravinsky.
Após a sua primeira criação desta obra, Olga Roriz confessa:
– “Algo ficou por fazer, tanto ficou por ser dito. Pretendo encontrar um outro estar, uma acumulação do mesmo mas sempre em renovação, jamais entendido.
Ignorar os tabus, reescrever a história, acrescentar as referências e criar o momento.
Paixão, memórias e saber, manter-se-ão intactos, serão respeitados mas sem voz, sem espaço, sem presente. Corpo a corpo num confronto nunca pacífico.”
A revisitação de uma obra maior como é A Sagração da Primavera e a insistência da sua longevidade como bailarina e intérprete a qual tem transmitindo pelo seu próprio corpo o seu legado coreográfico e artístico e persiste em construir, desenvolver e partilhar com o público a sua presença gestual e interpretativa ímpar.
Após tão longo percurso é imperativo que esse legado da coreógrafa seja transmitido para novas gerações a fim de não se perder o que é já património cultural português.
“Sozinha em cena, Olga Roriz enfrenta ‘A Sagração da Primavera’ e faz dela uma obra que revela novos sentidos e sugere novas inquietações. Está lá renovada, intemporal, toda a tensão – que poderia ser Nijinsky e os demónios que o levaram à loucura mas também esses mais comezinhos dilemas que habitam dentro de cada um – e o conflito externo, do corpo com o mundo que o rodeia.”
Cláudia Galhós, jornal Expresso, 31 de Agosto de 2013
“Nesta Sagração o sacrifício é uma decisão voluntária. Em cena é um corpo poderoso que luta por um mundo melhor e se transforma. Lá fora fica o mundo, visto de uma admirável janela em vídeo-cenário; dentro de casa a mulher despe a sofisticação e lança-se a uma dança rodopiante e vertiginosa. Emociona a terra no cabelo do corpo, que cai e se ergue do solo, lançando rastos no ar. Roriz ganhou a prova de esforço de lidar a sós com Stravinski.”
Paula Varanda, Ípsilon-Jornal Público
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Direção e coreografia
Olga Roriz
Interpretação
(2013/2014) Olga Roriz
(2014/…) Paulina Santos
Música
Igor Stravinsky
(Orquestra Filarmónica de Los Angels dirigida por Esa-Pekka Salonen)
Cenário, apoio dramatúrgico e aos ensaios
Paulo Reis
Figurino
Olga Roriz e Paulo Reis
Desenho de Luz
Cristina Piedade
Vídeo
João Rapozo
Coordenação técnica e operação de Luz
Manuel Alão
Desenho de som
Sérgio Milhano
Assistente de cenografia e figurinos
Maria Ribeiro
Assessor da direção
Paulo Reis
Diretor de Produção
Fernando Pêra
Secretariado Produção
Teresa Brito
Apoios
Parques de Sintra – Monte da Lua
A Solo by Olga Roriz
Premiere on May 29, 2013 at Teatro Municipal Joaquim Benite, Almada
Celebrating the centenary of the presentation of the work by Stravinsky/Nijinsky
In 2013 we celebrated the centenary of the creation of The Rite of Spring by Nijinsky /Stravinsky. As it was the second time Olga Roriz had choreographed this piece of music, she confessed that “There were some loose ends, there was so much left to say. I wanted to find other kind of living matter, accumulating what had already been done but always being renewed, never being understood. Ignoring taboos, rewriting history, adding references and creating the moment. Passion, memories and knowledge will remain intact, those will be respected but without voice, without space, without present. Body to body in anything but peaceful confrontation.
After a 38-year career as a performer and choreographing 9 solos, Olga Roriz faces two challenge: revisiting such a major piece as The Rite of Spring and her continued longevity as a dancer and performer.