Estreia a 28 de Janeiro de 2010 – Teatro Camões, Lisboa | Coprodução: Teatro Nacional S. João, OPART
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A minha Electra

É uma mulher que não pensa nem sente. Ela tortura-se, obriga-se, anula-se…

Castiga-se a passar o tempo congeminando uma nova forma de agir, de estar, de se lamentar, de se preparar, de lutar,… de jamais se esquecer.

Não há resignação, não há desistência, apenas por vezes uma espécie de falso e tranquilo abandono.

Ela mostra sem pudor a sua força e a sua fraqueza, a sua nobreza e a sua humilhação.

Ela é uma mulher assustadoramente presente na sua ausência.

Os seus olhares para o exterior de si são os únicos indicativos da sua espera onde o tempo não existe.

Ela nunca se expõe, apenas se dispõe.
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Olga Roriz | 24 Novembro 2009

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Premiere on January 28, 2010 at Teatro Camões, Lisbon

My Electra

She’s a woman who neither thinks nor feels. She tortures herself, forces herself, denies herself…

She punishes herself by spending her time devising a new way to behave, to be, to complain, to prepare, to fight… to never forget.

There is no resignation, no abstention, only sometimes a kind of false, peaceful abandonment.

She shows without shame her strength and her weakness, her nobility and humility.

She is a terrifyingly present woman even in her absence.

How she gazes beyond herself is the only indication that she awaits where time does not exist.

She never shows herself, but she’s always ready.

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Olga Roriz | November 24th, 2009

Coreografia e interpretação
Olga Roriz
Seleção musical, figurino e dramaturgia
Olga Roriz
Cenografia e direção de ensaios
Paulo Reis
Desenho de luz
Clemente Cuba
Assistente da direção
Laura Moura
Assistente de guarda-roupa, cenário e adereços
Maria Ribeiro
Pós-produção áudio e desenho de som
Sérgio Milhano
Técnico de som
Sérgio Milhano
Técnico de luz
Daniel Verdades
Costureira
Florinda Inácio
Construção da cabeça de rinoceronte
João Pedro Rodrigues
Diretor de produção
Pedro Quaresma
Produtora executiva
Teresa Brito