Estreia Estreia 18, 19 e 20 de Setembro de 2020
Coprodução Teatro Nacional D. Maria II, Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, Cineteatro Louletano

Caminhamos de intemporalidade em intemporalidade, num espaço celestial entre telas de cinema.
A resiliência dos corpos de mãos dadas recupera os lugares ao longe, num presente que se escapa por entre os pés.
Seis meses depois uma entropia paira em todas as partículas. Tudo congelado!
Já morremos, ou iremos morrer. Seremos breves como o primeiro sopro que engolimos à nascença.
Levitamos ou confundimo-nos com as raízes de florestas densas. Não importa onde estamos, se no ar ou no mar, as moléculas continuam perdidas.
Queremos dizer o gesto entre cores fortes, clarões e escuridão. Queremos rasgar as paredes que nos separam e projetar-nos num campo de papoilas a perder de vista, sem dimensão, imensurável, como naquele sonho onde nenhum de nós quis acordar.
Podemos criar o apocalipse, fazer de Autópsia o único lugar habitável do planeta e em 1, 2, 3 quantos, avistar a onda gigante subir à grua mais alta e ficar ali para sempre no isolamento da memória.
Adeus sistema solar.
Em 37 horas, 4 minutos e 12 segundos a Terra irá colidir com Júpiter. E lá se vai o microcosmos e o macrocosmos, o átomo, a molécula, os protões e os neutrões. Lá se vai a física quântica a epigenética e mais os rebuçados do Dr. Bayar. Lá se vão os genes homeóticos, a medicina ortomolecular e as radiações eletromagnéticas.Não haverá Chakra que nos valha nem coerência que nos salve.
Não haverá chave genética que nos abra mais porta nenhuma.
Adeus humanidade.

Olga Roriz | 23 Nov. 2019

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Após em “Autópsia” termos refletido sobre o impacto negativo que o ser humano tem vindo a causar ao planeta, “Seis meses depois” parte para uma reflexão sobre a humanidade que perdura em cada um de nós, apesar de a sociedade nos consumir, formatar e massificar. Num futuro próximo, algo humanos, semi-deuses ou heróis, imaginamos a nossa existência em sete personagens ao acaso. Zhora Fuji, Naoki 21, Dawnswir, Gael Bera Falin, Kepler 354, Priscilla Noir e Human Cat habitam a cidade de Tannhauser, o ano é 2307 no planeta Terra 3.

Olga Roriz |10 Dez. 2019

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Direção ⁄ Direction Olga Roriz

Intérpretes ⁄ Performers André de Campos, Beatriz Dias, Bruno Alves/Connor Scott, Catarina Câmara, Francisco Rolo/ Ana Oliveira e Silva, Marta Lobato Faria e Yonel Serrano

Seleção musical Olga Roriz, João Rapozo

Música ⁄ Music Alex Hoeppner, Ben Frost, Brian Eno, Claude Debussy, Dale Cooper Quartet, Darkside, Henry Purcell, Jaques Satre, Moby, Pergolesi, Shortparis, Trentemøller, Tchaikovsky, Towering Inferno, Vangelis, Vivaldi

Banda sonora e vídeo João Rapozo

Espaço Cénico e Figurinos ⁄ Scenography and Costumes Olga Roriz e Ana Vaz

Textos ⁄ Texts Bruno Alexandre, Bruno Alves, Francisco Rolo

Desenho de Luz ⁄ Lighting Design Cristina Piedade

Assistente de Ensaios⁄ Rehearsal Assistant Ana de Oliveira e Silva e Andreia Alpuim

Assistente de Cenografia e Figurinos⁄ Scenography and Costume Assistant Daniela Cardante

Montagem e Operação de Luz⁄ Light Setup and Operation Contrapeso (João Chico)

Montagem e Operação de Som⁄ Sound Setup and Operation PontoZurca

Direção de Cena ⁄ Stage Direction Olga Roriz

Companhia Olga Roriz
Diretora e coreógrafa
 Olga Roriz
Produção e digressões António Quadros Ferro
Assistente de produção Ricardo Domingos
Gestão Magda Bull
Formação e Residências Lina Duarte