Coprodução Teatro Nacional São João, Teatro Aveirense,
Cineteatro Louletano e São Luiz Teatro Municipal

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Doze anos passaram desde A Sagração da Primavera, o seu último solo. Agora, a coreógrafa sente-se novamente impelida a um confronto inevitável consigo mesma. Com o título O Salvado (tudo o que ela conseguiu salvar), este espetáculo nasce de uma interrogação ainda em aberto, de uma intenção por descobrir. Não se trata de uma busca formal por novas linguagens, mas da continuidade de uma luta partilhada. Como quem resiste a um naufrágio, pergunta-se: o que se consegue salvar da catástrofe?

Que vestígios permanecem depois da tempestade? O que pode ainda preservar uma existência de sete décadas? O que ficou agarrado ao corpo e ao tempo, e o que se pode finalmente desprender para se tornar matéria, memória, presença? O que não morreu ainda nela? E do que conseguiu, afinal, libertar-se?

Que corpo é este agora? Que histórias restam para contar? Tudo suspenso. Tudo no ar. Tudo ancorado na memória. Ouvem-se as suas músicas preferidas. Outras que nunca conheceu. E talvez, no meio de tudo, se escute a sua própria voz. Ao longo de um ano e seis residências artísticas, foi tecendo um percurso que agora se revela numa topologia do tempo — um mapa de gestos, imagens, vestígios e palavras que traça o caminho. Um registo que não apenas arquiva o que foi, mas que também interroga o que ainda está por vir. O tempo da lembrança e do esquecimento entrelaçam-se, complementam-se, lutam entre si. O tempo que se projeta no futuro avança sem cessar. E é dessa matéria dessa urgência de existir entre o que se lembra e o que se perde, entre o que foi e o que ainda poderá ser — que nasce a necessidade de se reinventar.

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Digressão 2025

O Salvado
3, 4 e 5 Jul., Teca, Porto (Estreia) | +Info
9, 10, 11 e 12 Jul., São Luiz Teatro Municipal, Lisboa | +Info
18 Jul., Fórum Cultural Luísa Todi, Setúbal
13 Set., Teatro das Figuras, Faro
19 Set., Teatro Aveirense, Aveiro
26 Set., Teatro Joaquim Bernardes, Ponte de Lima
10 Out., Casa das Artes de V. N. Famalicão
25 Out., Centro Cultural de Lagos
8 Nov., CAE – Figueira da Foz
29 Nov., Centro Olga Cadaval, Sintra

Direção, interpretação,
textos e escolha musical
Olga Roriz

Banda sonora e vídeo João Rapozo
Cenografia Eric Costa
Figurinos Bárbara Felicidade
Desenho de luz Cristina Piedade
Curadoria de texto Sara Carinhas
Direção vocal João Henriques
Preparação vocal Rita Silva
Concepção musical para guitarra Vítor Rua

Assistente de criação André de Campos
Assistência de ensaios Amália Santos
Assistência de cenografia Pedro Sousa

Direção técnica João Chicó
Operação de luz e vídeo João Chicó; Miguel Carvalho; Pedro Guimarães; Ricardo Pimentel
Desenho, montagem e operação de som Sérgio Milhano/ PontoZurca
Assistente de som Vasco Albano

Coprodução Teatro Nacional São João, Teatro Aveirense, Cineteatro Louletano e São Luiz
Teatro Municipal

Residências Teatro Aveirense, Arquipélago . Centro de Arte Contemporânea – Açores, Centro Cultural de Lagos, Teatro Municipal de Ourém, Love Affairs Basement – Londres

Companhia Olga Roriz
Direção Olga Roriz
Direção de produção António Quadros Ferro
Produção executiva João Pissarra
Gestão Georgina Pires
Administração (residências, formação e instalações) Nuno Afonso
Coordenação Corpoemcadeia Catarina Câmara
Assistente pedagógico Yonel Serrano

A Companhia Olga Roriz é uma estrutura financiada pela Direção-Geral das Artes | Ministério da Cultura e conta ainda com o apoio da Sociedade Portuguesa de Autores, da Câmara Municipal de Lisboa, Fundação “La Caixa” – BPI e da PLMJ