O Salvado
Um Solo de Olga Roriz
Em coprodução com o São Luiz Teatro Municipal, Teatro Nacional São João, Teatro Aveirense e Cineteatro Louletano
Com o título O Salvado, este espetáculo nasce de uma interrogação ainda em aberto, de uma intenção por descobrir. Como quem resiste a um naufrágio, pergunta-se: o que se consegue salvar da catástrofe? Que vestígios permanecem depois da tempestade? O que pode ainda preservar uma existência de sete décadas? O que ficou agarrado ao corpo e ao tempo, e o que se pode finalmente desprender para se tornar matéria, memória, presença?
O que não morreu ainda nela? E do que conseguiu, afinal, libertar-se? Que corpo é este agora? Que histórias restam para contar? Ao longo de um ano e seis residências artísticas, foi tecendo um percurso que agora se revela numa topografia do tempo — um mapa de gestos, imagens, vestígios e palavras que traça o caminho. O tempo da lembrança e do esquecimento entrelaçam-se, lutam entre si. O que se projeta no futuro avança sem cessar. E é dessa matéria — dessa urgência de existir entre o que se lembra e o que se perde, entre o que foi e o que ainda poderá ser — que nasce a necessidade de se reinventar.
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Última apresentação 2025
29 Nov., Centro Olga Cadaval, Sintra
>>Bilhetes
FOR | Formação Olga Roriz
Aulas Práticas
Para profissionais e estudantes de Dança,
integradas nos cursos da FOR Dance Theatre.
Vagas limitadas e sujeito a confirmação.
Marcação prévia via mail
Contemporâneo
2ª, 4ª e 6ª das 9h às 10h30
Condicionamento Físico e Contemporâneo
3ª e 5ª das 9h às 11h30
Preçário
Aula avulso | 8€
Caderneta mensal 6 aulas | 40€
Caderneta mensal 10 aulas | 50€
Caderneta mensal 20 aulas | 95€
Mensalidade 1 aula/dia | 90€
Publicação
Corpoemcadeia é um projeto artístico que combina a prática da dança com a psicoterapia Gestalt, desenvolvido em contexto prisional. Esta publicação acompanha o período de 2019 a 2022, que decorreu no Estabelecimento Prisional do Linhó com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.
Residências Artísticas
Yael Karavan
Outro lado
Criação de Yael Karavan (corpo e alma) em colaboração com Eduardo Albergaria (luz e sombra)
Outro Lado é um solo no espaço entre a dança e o teatro, a luz e a escuridão, o passado e o futuro, para aceder as contradições do Presente. Outro Lado é uma viagem além do que nos é visível, através de imagens oníricas, entre o palpável e o misterioso, o absurdo e o trágico. Karavan partilha 30 anos de investigação da dança Butoh e convida-nos a perder-nos dentro de nós próprios, colocando uma escada dentro do peito em busca do outro lado. Criando ligações entre as contradições, até chegar, talvez, ao lugar onde tudo se conecta.
‘Numa altura em que o mundo parece estar a mergulhar na sua própria escuridão, acredito que o Butoh tem as ferramentas para nos re-conectar com as coisas básicas da vida, dando-nos um vislumbre da nossa essência, ensinando-nos a encontrar o nosso centro interior a partir do qual estamos todos ligados a tudo. Este espetáculo é um poema através da dança, uma dança entre a luz e as sombras, dedicada a este mundo que tanto amo. É o reconhecimento de que as nossas vidas são uma dança do universo, um espelho e um reflexo da nossa escuridão interior que nos pode guiar para a luz.’ – YK
Criação e Performance | Yael Karavan; Desenho de Luz | Eduardo Albergaria; Criação Musical e Desenho de Som | João Bento; Apoio a Cenografia e Adereços | João Ferro Martins; Co-Criação de Figurinos | Marisa Escaleira Ribeiro; Projeção e Fotografia | Mia Gourvitch; Apoio ao Subconsciente | Vera Mantero; Fonte em Sabedoria Indígena | Pawana Crody; Apoio à Dramaturgia | Naomi Silman; Apoio Final | Tanya Khabarova; Registo Audiovisual | Alessandro Poeta Soave; Produção Executiva PT | Rita Sousa Guerreiro; Produção Executiva BR | Giovana Zottis; Apoios | Iberescena e República Portuguesa – Cultura, Juventude e Desporto / Direção-Geral das Artes; Residências | EVC, Lume Teatro, COR, Lua Cheia e A Moagem; Pré-estreia nacional 29 e 30 de Nov. – Lua Cheia/ Casa do Correto, Lisboa.; Estreia nacional- 5 de Dez.– A Moagem, Fundão
Miguel Ferrão Lopes
DIGGING DEEPER ON : ONION FIELDS FROM ABOVE
Segundo objecto artístico de um díptico que tem por base a inter-relação da obra com questões biográficas sobre a identidade e realidade, focando-se na essência humana a partir da disrupção da verdade. Explorando o conceito de memória fictícia, interessa pensar sobre os lugares que nos acolhem como espaços de encontro, partilha e devoção, onde as crenças se delineiam num ímpeto popular. Uma amálgama de questões debruçam-se perante um gesto de interesse filosófico: que lugares são estes que tanto nos moem quanto nos acariciam com as mais contundentes paisagens?, que pessoas habitam esses lugares e o quanto nos destroem?, são as pessoas que nos corroem?, que verborreia se propaga?, serão os lugares sempre sagrados e os ritos promíscuos e devassadores?, que peregrinação se converte numa selvagem romaria?, que ruídos e melodias ecoam durante o caminho ciclicamente infindável?, que vicissitudes se sucedem?, que lugar é este que nos define? Almeja-se uma viagem ao Existencialismo e ao Humanismo onde o corpo e o intelecto se permitam encontrar no absurdo da existência, nos meandros da loucura, da solidão e do sofrimento, numa profunda reflexão sobre a liberdade e a melancolia, no encontro com o “Teatro da Crueldade” de Artaud, a “Performance como Ritual” e a “Arte como Veículo” de Grotowski. Através da criação de uma performance multidisciplinar de longa duração com uma forte componente de movimento, texto e som – que imergirá numa pesquisa em torno da obra “A Náusea” de Jean-Paul Sartre, das anotações de Vergílio Ferreira em “O Existencialismo é um humanismo – da fenomenologia a Sartre”, e da estética dramatúrgica de João César Monteiro, Pedro Costa e João Canijo -, ocupa-se a dimensão da dilatação temporal que permite a reflexão por via da contemplação do belo e do grotesco.
Pesquisa e Direção Artística | Miguel Ferrão Lopes; Co-criação e Interpretação | Carla Madeira, Gustavo Antunes, Julian Sanchez, Miguel Ferrão Lopes; Composição Musical | Fábio Musqueira; Apoio Musical | Afonso Gaspar: Acompanhamento Dramatúrgico | António Figueiredo Marques; Apoio Dramatúrgico e Movimento | Mariana Tengner Barros, Vânia Rovisco; Apoio Plástico | Julian Sanchez; Registo Fotográfico e Audiovisual | Guilherme Gouveia; Desenho de Luz e Apoio Técnico | (a definir); Gestão do Projecto, Produção e Comunicação | Miguel Ferrão Lopes; Apoio na Produção Executiva, Comunicação e Registo | Teresa Baptista; Gestão Financeira | Maria Paula; Apoios e Residências Artísticas | AADK Portugal – Actual Arquitectura da Cultura, A Bela Associação, Fábrica da Criatividade – Castelo Branco, Largo Residências / Jardins do Bombarda, Pólo Cultural Gaivotas – CML; Apoio Financeiro| Direção Geral das Artes – Ministério da Cultura, Desporto e Juventude; Fundação GDA; Estreia – 29 e 30 de novembro de 2025 – Jardins do Bombarda, Lisboa
Canto do Bode
Investigação e treinamento continuado
Sessões coletivas com os artistas do estúdio, desenvolvidas em torno de um programa de exercícios, práticas e leituras, integradas à investigação em curso.
O estúdio de atuação O Canto do Bode dedica-se à formação, investigação e criação do ator e da atriz. Suas atividades concentram-se no desenvolvimento de práticas e estudos sobre a atuação, bem como na realização de projetos artísticos. O nome escolhido para o estúdio remete à origem da tragédia, tradicionalmente associada aos rituais em homenagem a Dioniso — o deus da uva, do vinho, da alegria e da transformação. Sob o efeito da bebida, os participantes dos cortejos dionisíacos cantavam e dançavam travestidos de bode, animal no qual o deus costumava se metamorfosear. Do canto desses “homens-bode” nasceu a palavra tragédia: tragos, “bode”, e oidia, “ode”, “canção”. O canto do bode representa a manifestação do êxtase (o sair de si) e do entusiasmo (a unificação com o deus) naquele ou naquela que expande as noções de “si mesmo” e de “realidade” para além dos limites do conhecido. Os estudos e os projetos artísticos realizados no estúdio partem da premissa de que o ator e a atriz são os elementos privilegiados da criação teatral. Portanto, um espaço para um trabalho sistemático, continuando, duradouro, livre de pressões presentes em estruturas tradicionais de ensino e produção, torna-se indispensável para o aprofundamento de questões acerca da atuação e dos seus efeitos em cena. Os legados de Stanislávski, Grotowski e Peter Brook, atualizados por pressupostos do pensamento contemporâneo são aliados deste complexo desafio.
Tiago Cadete
Souvenir
Parte da história familiar do artista que serve de ponto de partida para uma reflexão mais ampla sobre a história da migração portuguesa para França. O projeto emerge a partir do reencontro do artista com a sua herança familiar migrante, desencadeado pela morte do pai em 2022, que revelou uma ligação profundamente marcada pelo exílio: dos avós paternos aos tios, grande parte da família viveu — e muitos ainda vivem — nos arredores de Paris. Na infância, as férias de verão no Algarve eram transformadas pela chegada vibrante de familiares vindos de França, trazendo consigo o sotaque francês e os ecos de uma vida dividida entre geografias. Anos mais tarde, a própria experiência do artista como migrante, viria a reconfigurar a sua perceção sobre os processos migratórios — já não vistos como episódios externos ou distantes, mas como uma dimensão intrínseca da sua história pessoal e do seu percurso artístico.
Direção artística, criação e interpretação | Tiago Cadete; Assistente de criação | Leonor Cabral; Participação de familiares e amigos; Produção | Co-pacabana; Co-produções e apresentações | Temps d’Images, Câmara Municipal da Moita, Fórum Cultural Manuel Figueiredo, Festiva END, Cine-Teatro de Pombal, Festival Contra-Dança; Residências artísticas/espaços de criação | Casa Varela – Pombal; Espaço do Tempo – Montemor-O-Novo; CAPa, Centro de Artes Performativas do Algarve – Faro; Teatro da Voz – Lisboa; Companhia Olga Roriz – Lisboa; Pólo Cultural das Gaivotas – Lisboa; Linha de Fuga – Conta o Tempo – Coimbra; Mala Voadora – Porto
Residências Artísticas Anuais
Artistas residentes
João Rapozo
EIF[E] – Escola Informal de Fotografia
Camboja Selecta
André de Campos
The Portfolio Project
Manga Theatre
BodyBuilders & Rafael Alvarez
Razões Pessoais Associação Cultural






