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O Salvado

Um Solo de Olga Roriz
18 Jul., Fórum Cultural Luísa Todi, Setúbal

Em coprodução com o São Luiz Teatro Municipal, Teatro Nacional São João, Teatro Aveirense e Cineteatro Louletano

Com o título O Salvado, este espetáculo nasce de uma interrogação ainda em aberto, de uma intenção por descobrir. Como quem resiste a um naufrágio, pergunta-se: o que se consegue salvar da catástrofe? Que vestígios permanecem depois da tempestade? O que pode ainda preservar uma existência de sete décadas? O que ficou agarrado ao corpo e ao tempo, e o que se pode finalmente desprender para se tornar matéria, memória, presença?

O que não morreu ainda nela? E do que conseguiu, afinal, libertar-se? Que corpo é este agora? Que histórias restam para contar? Ao longo de um ano e seis residências artísticas, foi tecendo um percurso que agora se revela numa topografia do tempo — um mapa de gestos, imagens, vestígios e palavras que traça o caminho. O tempo da lembrança e do esquecimento entrelaçam-se, lutam entre si. O que se projeta no futuro avança sem cessar. E é dessa matéria — dessa urgência de existir entre o que se lembra e o que se perde, entre o que foi e o que ainda poderá ser — que nasce a necessidade de se reinventar.

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Digressão 2025

O Salvado
25 Out., Centro Cultural de Lagos
8 Nov., CAE – Figueira da Foz
29 Nov., Centro Olga Cadaval, Sintra

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FOR | Formação Olga Roriz

Aulas Práticas
Para profissionais e estudantes de Dança,
integradas nos cursos da FOR Dance Theatre.
Vagas limitadas e sujeito a confirmação.
Marcação prévia via mail

Contemporâneo e Condicionamento Físico
2ª a 6ª às 9h às 10h30

Contemporâneo
2ª, 4ª e 6ª das 9h às 10h30 com Yonel Serrano

Condicionamento Físico e Contemporâneo
3ª e 5ª das 9h às 11h30 com Filipa Peraltinha

Preçário
Aula avulso | 8€
Caderneta mensal 6 aulas | 40€
Caderneta mensal 10 aulas | 50€
Caderneta mensal 20 aulas | 95€
Mensalidade 1 aula/dia | 90€

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Residências Artísticas

Living Space Theatre/ Companhia Olga Roriz

Vivemos num tecido de regras que nos molda, nos limita e nos convence de que somos livres, enquanto nos empurra em círculos. Gastamos energia apenas para sobreviver – como se o corpo existisse apenas como instrumento de produção. A repetição instala-se: o dia que se parece com o anterior, o gesto que retorna, o ciclo que nos aprisiona. Há cansaço, sim, mas há também algo que insiste. Algo que resiste. Dizer “vou contar uma história” já é um gesto político. Porque significa tomar a palavra. Significa assumir que há algo que precisa de ser dito. Talvez a história não tenha princípio nem fim. Talvez seja feita de fragmentos, repetições, ruídos. Talvez o corpo saiba mais do que a boca. Talvez o corpo seja o arquivo de tudo o que não pode ser contado. Neste projeto, o corpo é palco de forças contraditórias: obedece e resiste, repete e inventa, cansa-se e insiste. É um corpo que vive entre o que é imposto e o que escapa. Um corpo político, sim – mas também poético. Um corpo que pergunta: quem manda aqui? E talvez, no fim, a resposta nunca esteja onde a esperamos encontrar. Olga Roriz, 17 Maio 25

Direção e coreografia | Olga Roriz; Seleção musical | João Rapozo e Olga Roriz; Banda sonora | João Rapozo; Figurinos | Olga Roriz e Grzegorz Labuda; Luz | Michal Stenzel; Texto | Intérpretes e coreógrafa; Intérpretes | Anna Mikula, Daria Nowak, Jakub Margosiak; Produção | Living Space Theatre; Coprodução | Companhia Olga Roriz; Parceiros |Teatro de Dança da Polónia em Poznan; Coorganização | Instituto Nacional de Música e Dança e Ministério da Cultura e Património Nacional  (Polónia); Produtor executivo | Jakub Margosiak; Coordenadora do projeto | Alicja Siwik

Hipérion
Medeia Material

Este texto reproduz o sentido original do mito: o amor que submete a fêmea traindo e assassinando o seu clã; as civilizações que se encaminham para práticas totalitárias, coercivas, enquanto demonstração de força; mantém a sanguinolência primitiva que perdura nos instintos humanos e que subjaz a racionalidade, irrompendo Medeia numa crise de ciúmes filial e conjugal. Heiner Müller vê nos mitos a possibilidade de refazer o mundo contemporâneo, concebendo novos ideários e abandonando soluções unívocas, experienciadas pela História.

Texto | Heiner Müller; Tradução | Maria Adélia Silva Melo e Jorge Silva Melo; Dramaturgia e Encenação | Mário Trigo com Jaime Rocha; Interpretação | Cirila Bossuet, Miguel Coutinho e Philippe Araújo; Cenografia |Pedro Silva; Consultoria Figurinos | Catarina Graça; Direção Técnica | Diogo Graça; Tânia Cadima; Design, Fotografia, Teaser, Website, comunicação; Gestão de Apoios | Joana Ferreira; Produção | HIPÉRION Projeto Teatral

 

Canto do Bode
Investigação e treinamento continuado

Sessões coletivas com os artistas do estúdio, desenvolvidas em torno de um programa de exercícios, práticas e leituras, integradas à investigação em curso.
O estúdio de atuação O Canto do Bode dedica-se à formação, investigação e criação do ator e da atriz. Suas atividades concentram-se no desenvolvimento de práticas e estudos sobre a atuação, bem como na realização de projetos artísticos. O nome escolhido para o estúdio remete à origem da tragédia, tradicionalmente associada aos rituais em homenagem a Dioniso — o deus da uva, do vinho, da alegria e da transformação. Sob o efeito da bebida, os participantes dos cortejos dionisíacos cantavam e dançavam travestidos de bode, animal no qual o deus costumava se metamorfosear. Do canto desses “homens-bode” nasceu a palavra tragédia: tragos, “bode”, e oidia, “ode”, “canção”. O canto do bode representa a manifestação do êxtase (o sair de si) e do entusiasmo (a unificação com o deus) naquele ou naquela que expande as noções de “si mesmo” e de “realidade” para além dos limites do conhecido. Os estudos e os projetos artísticos realizados no estúdio partem da premissa de que o ator e a atriz são os elementos privilegiados da criação teatral. Portanto, um espaço para um trabalho sistemático, continuando, duradouro, livre de pressões presentes em estruturas tradicionais de ensino e produção, torna-se indispensável para o aprofundamento de questões acerca da atuação e dos seus efeitos em cena. Os legados de Stanislávski, Grotowski e Peter Brook, atualizados por pressupostos do pensamento contemporâneo são aliados deste complexo desafio.

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Residências Artísticas Anuais

Artistas residentes
João Rapozo
EIF[E] – Escola Informal de Fotografia
Camboja Selecta
André de Campos
The Portfolio Project
Manga Theatre
BodyBuilders & Rafael Alvarez
Razões Pessoais Associação Cultural

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